Cambio – Uma delicada operação

Cambio – Uma delicada operação

julho 7, 2015 0 Por sidneieid2015

Ao iniciar seu orçamento de viagem, um dos primeiros pontos a ser pensado é na quantidade de moeda que será levada para atender suas necessidades durante o período de férias.

Frequentemente nos deparamos com dúvidas a este respeito, as quais iremos abordar em mais este post.

Vamos pensar inicialmente em Dólares Americanos.

Basicamente, existem 3 valores a ele relacionados :

  • Dolar comercial, cotado como referência pelo Banco Central para efeito de importação e exportação de mercadorias e serviços
  • Dolar Turismo, para quem vai passear fora do Brasil ou que precisa de tratamento médico no exterior
  • Dolar Paralelo, é operado por agentes sem autorização oficial, sendo,daí, considerado ilegal

O Dolar Comercial é o que apresenta a cotação mais baixa, depois vem o Turismo e finalmente o Paralelo é o mais caro deles.

No Brasil, estão autorizados a comercializar moeda estrangeira os Bancos, Corretoras, Agências de Turismo e Hotéis. No site do Banco Central você encontrará a lista completa de instituições oficialmente homologadas.

No nosso caso, o Dolar Turismo não tem valor tabelado e as instituições operam livremente, de acordo com sua própria política de compra e venda.

Assim sendo, você precisará cotá-lo em mais de uma delas para conseguir uma compra que seja vantajosa. Muitas vezes a quantidade a ser adquirida pode baratear sua compra.

Dependendo da forma de aquisição da moeda, a taxa de serviço poderá alterar o valor da compra: telefone, internet ou loja física. Novamente, a ordem é pesquisar.

A cotação do Dolar Turismo depende de uma série de fatores internos e externos, podendo variar em horários ao longo de um mesmo dia, mostrando o quanto temos que estar atentos a esta questão para não fazer um mau negócio.

Dizem os especialistas que o ideal é ir adquirindo a moeda em etapas antes da viagem, para não deixar tudo na última hora, ficando sujeito aos indesejáveis picos de valor. Ou seja, devemos operar na cotação média.

Não deixe de negociar a taxa, pois o desconto é absolutamente normal neste tipo de transação comercial. Dependendo da compra, algumas instituições chegam a entregar as cédulas (sem custo) em local definido pelo Cliente, após comprovado o depósito em conta deles , é claro.

Ao comprar moeda estrangeira no Brasil, automaticamente você será taxado em 0,38% de IOF, a ser pago à própria instituição que vendeu. Este imposto será devidamente repassado ao fisco brasileiro.

Pesquise na Internet, pois alguns países aceitam trocar Reais por moeda local e assim você deixaria de pagar o IOF, que é mais um dos impostos “Made in Brazil”. Na teoria, bastaria você se dirigir a um Banco ou Casa de Cambio e fechar a operação por lá. Acho um pouco arriscado, mas em todo caso……

Outras possibilidades, agora com IOF de 6,38%:

  • Cartão de débito pré-pago no Brasil para despesas no exterior. Atenção, pois no interior de certos países poderá enfrentar dificuldade em aceitá-lo
  • Cheque de viagem (traveller’s check). Você terá de ir a um Banco ou Casa de Cambio no exterior para efetuar a troca por moeda local, sujeito à taxa deles
  • Saque de moeda estrangeira no exterior. Você terá de ir a um Banco ou caixa automático no exterior para efetuar a troca por moeda local (com cartão pré-pago)
  • Cartão de Crédito Internacional. Sem dúvida nenhuma, a pior das opções. Além do alto IOF de 6,38%, você ficará sujeito a variações de cambio até a data da fatura, conversão que a bandeira do cartão julgar apropriada, além de poderem cobrar uma taxa a critério deles. Deu para entender que fria!!!! Você compra, mas não sabe quanto pagou. Existe sensação mais incômoda do que esta?

De acordo com as Normas do BC, podemos sair do Brasil com moeda estrangeira até o limite equivalente a R$10.000,00 por CPF. Acima disso, devemos preencher uma Declaração de Bens na Receita Federal.

Uma regra é básica: em toda e qualquer operação de cambio você perde dinheiro.

Assim sendo, se for aos Estados Unidos e Canadá, procure já levar daqui dólares americanos e canadenses. Se levar só moeda americana e lá trocar por canadense, outro chumbo!!!

Idem se for à Europa da zona do Euro e depois para o Reino Unido: leve Euro e Libra Esterlina, senão, outro chumbo!!!

Até o final de 2013, o montante a levar e sua distribuição era uma questão meramente pessoal, como por exemplo: 30% em moeda papel, 40% em Traveller`s (ou cartão de débito) e 30% em cartão de crédito.

O IOF de 6,38% veio para mudar tudo isso.

Imaginando que já pagou hotel, aluguel de veículo e algum outro passeio antes de embarcar e que dinheiro faz alguma diferença para você, leve em papel moeda a seguinte quantia, dependendo de seu nível de exigência:

EUA – US$100,00 a US$150,00 por pessoa por dia

Europa do Euro – 100,00€ a 150,00€ por pessoa por dia

Reino Unido – £100,00 a £130,00 por pessoa por dia

Demais países o equivalente a US$100,00 por pessoa por dia

Detalhes:

  • nada disso inclui grandes compras, apenas lembranças para os amigos e parentes
  • mesmo com a desvantagem de um Cartão de Crédito Internacional, não deixe de levá-lo por uma questão de sua segurança, em caso de um imprevisto. Deixe-o no cofre do hotel para não cair na tentação do consumismo.

Digamos que você seja um sujeito extremamente controlado e que traga de volta algum dinheiro em moeda razoável (não vai me trazer dinheiro do Cazaquistão, né?). Neste caso, você terá que declarar o valor no Imposto de Renda como moeda estrangeira, no mesmo ano base, na seção “Bens e Direitos”.

Outras opções : torrar aqui no Free-shop ou voltar no outro ano, só para zerar o saldo………………

Alguns conselhos importantes:

  • Como primeira opção, consulte a taxa do banco com o qual costuma operar
  • Corretoras geralmente são mais “flexíveis” na negociação, se pudermos assim dizer
  • Peça sempre cédulas de valor variado para não levar apenas as de alto valor
  • Evite comprar ou trocar moeda em Casas de Cambio de Aeroportos, pois fatalmente fará um mau negócio
  • Estando em Portos ou Aeroportos, jamais adquira moeda local de pessoas comuns, por mais vantajoso que possa parecer. Sempre haverá um esperto de plantão à procura de um incauto e agora você já ficou devidamente alertado, não é?  Simplesmente agradeça….
  • Se sua opção for de levar dinheiro em espécie (IOF apenas de 0,38%, lembra?), carregue-o no cinto tipo porta-dinheiro (money-belt), junto ao seu corpo, mas ao chegar no hotel deixe a maior parte no cofre, levando apenas o que for gastar no dia. Se faltar, vai no Cartão, o que fazer???
  • Ao viajar, temos a falsa impressão de que não existe problema de segurança fora do Brasil. Enorme engano: vários golpes são usados para levar nosso suado dinheirinho:
    • Tem o truque da aliança de casamento que caiu no chão e o camarada vem te entregar para ganhar uma gorjeta, mas a joia é falsa e o que ele quer mesmo é ver onde está o seu dinheiro. Só cai nessa quem acha que é esperto e que vai ganhar uma aliança de um ingênuo qualquer
    • Tem outro do sorvete que o camarada passa e deixa cair na sua camisa. Tenta “gentilmente” ajudar limpando com um paninho, mas na confusão leva sua carteira
    • Tem aquele golpe do cara que vem tomando um café na rua, cruza e despeja o líquido quente em você. Pardon, Monsieur…; Perdón, Señor…; I am really sorry, Sir..e por aí vai. O final é sempre o mesmo…

Os caras são os “profissionais” chamados “pick-pocket””(batedores de carteira), os mesmos que os franceses pronunciam “Pí poquê”…é sério….

Lembre-se de que estará passeando e que não quer saber de encrenca nenhuma, tipo delegacia e tudo mais, não é mesmo??

Por enquanto é só…..

No próximo Post voltaremos ao Sea World de Orlando.

Continue seguindo o www.bagagemdebordo.com, indicando aos amigos, parentes e agregados…..